Autor de clássicos como “Coração de Batuqueiro” e “Eterno Campeão”, Inaldo Medeiros marcou a história do Boi-Bumbá Garantido com suas composições. Foto: Divulgação.

A Nação Vermelha e Branca está em luto com a partida de Inaldo Medeiros, um dos mais talentosos compositores da história do Boi-Bumbá Garantido. O artista faleceu na tarde desta segunda-feira (17), em Parintins, deixando um legado imensurável para a cultura popular amazônica.

Filho do ex-amo do boi Tony Medeiros, o sobrinho do compositor, João Medeiros, destacou a devoção de Inaldo ao boi da Baixa do São José, afirmando que seu amor pelo Garantido era maior do que qualquer outra coisa.

“Partiu para a eternidade a pessoa que em vida amou mais o Garantido do que a si mesmo, e eu pude testemunhar isso ao longo da minha vida. Hoje nos deixa o mais completo compositor de toda a história desse festival. O irmão preferido de meu pai, Inaldo Medeiros”, lamentou João.

A despedida também foi sentida por Pablo de Souza, conselheiro fiscal do boi e filho do saudoso artista Junior de Souza, que recordou os últimos encontros com o compositor.

“Se soubesse que aqueles nossos encontros no Café do Renato seriam os últimos, teria aproveitado muito mais. Obrigado por todos os conselhos, incentivos e respeito. Você deixa um legado inestimável para o povo de Parintins”, declarou.

O carinho por Inaldo ultrapassou os limites de Parintins. O digital influencer e ex-BBB Vyni também homenageou o compositor, destacando sua capacidade de transformar palavras em emoção.

“Ontem mesmo ouvi uma das minhas toadas favoritas, obra de Inaldo Medeiros. Que sina mais bonita que a sua, Inaldo? A de transformar palavras em emoção, de fazer o batuque do tambor se tornar batida de coração. Vai em paz, poeta. Sua sina será brincar de boi na eternidade”, escreveu.

Autor de clássicos como Coração de Batuqueiro, Minha Sina, Eterno Campeão e Boi de Pano, Inaldo Medeiros foi um dos grandes nomes da música parintinense. Em 2024, seu talento brilhou mais uma vez com a toada Libertárias Guerreiras, presente no álbum Segredos do Coração. Seu legado permanece vivo na história do Festival de Parintins e no coração da Nação Vermelha e Branca.